Qual é a maior implicação para a rede ferroviária do aumento da procura de serviço 24 horas por dia?
O metrô da cidade de Nova York oferece serviço 24 horas desde a sua abertura em 1904 e foi projetado para facilitar a manutenção em algumas linhas, enquanto mantém os trens funcionando em outras. Isso pode ser um desafio para redes metroviárias e subterrâneas mais antigas, uma vez que foram concebidas para ter janelas de manutenção.
Como as janelas de manutenção podem ser reduzidas?
Um fator que pode ter um impacto na manutenção é a tecnologia. Existem equipamentos agora para monitorar o desgaste e defeitos nos equipamentos por meio do monitoramento remoto. Isso permite que as redes resolvam problemas de equipamento utilizando os sistemas de manutenção existentes e reduz as interrupções em serviço. Passar da manutenção reativa para a proativa, utilizando monitoramento remoto, aumenta a eficiência do sistema de manutenção e, ao mesmo tempo, aumenta a confiabilidade e disponibilidade do equipamento. Combine isso com o aumento da demanda de disponibilidade por parte dos usuários do serviço e é fácil perceber por que o mercado de monitoramento remoto está crescendo tão rapidamente.
O que os monitores remotos medem?
Nosso projeto atual de detecção de falha em trens (TFD) com a Metro North Railroad (MNR) e Long Island Railroad (LIRR) envolve o monitoramento das cargas de impacto das rodas, temperaturas dos rolamentos dos eixos e temperaturas dos aros das rodas. Uma vantagem fundamental para as redes é ter essa percepção aumentada da segurança dos passageiros por meio da detecção precoce das condições das rodas e eixos que, no pior caso de falha, poderia resultar em um descarrilamento. Além de aumentar a segurança dos passageiros, o sistema protege a infraestrutura, alertando as redes para a presença de equipamentos que estejam causando ou que em breve possam causar danos.
Quais foram os principais desafios do projeto?
Houve desafios significativos em termos de hardware, desde inventar novos procedimentos e equipamentos de calibração até conceber novos circuitos e dispositivos para lidar com o gerenciamento de energia e fornecimento ininterrupto de energia. Houve também desafios significativos de software relacionados com a atualização do software WheelChex; interface com o sistema de caixa de eixos quentes; coleta, processamento e transmissão de dados de forma segura usando o novo servidor de comunicação e coleta de dados de 4 locais separados em um único servidor, além da coleta de todos os dados para processamento, análise e exibição no centro de operações do cliente.
Por que a MNR e a LIRR escolheram a solução de detecção de falhas de trens da Pandrol?
Acredito que os dois principais fatores foram a equipe a ser designada para o projeto junto com o sólido histórico de realizações da empresa. Todos da equipe designada tiveram um envolvimento direto com o projeto anterior TFD da MNR na 86th Street ou então tinham sólida formação em sinalização ferroviária. O que significa que a Pandrol foi capaz de demonstrar claramente um sucesso anterior ao cliente.
Como você acha que será o futuro da manutenção ferroviária?
Um fator crítico será a composição da força de trabalho disponível para realizar a manutenção das redes. A diminuição do número de técnicos qualificados e a diminuição dos níveis de qualificação aumentarão a pressão para promover sistemas automatizados adicionais de inspeção e monitoramento. À medida que as ferramentas de monitoramento disponíveis e os meios de coleta e transmissão de dados evoluem, a manutenção deve se tornar muito mais focada. Isso levará a intervalos de manutenção mais curtos e a uma maior disponibilidade do veículo. Ao mesmo tempo, as nossas equipes de fornecedores de soluções continuarão a evoluir. Atualmente, utilizamos uma equipe pequena e altamente qualificada, incluindo engenheiros mecânicos, elétricos, de fabricação e de software e hardware. Nossas ofertas futuras incluirão aplicações robotizadas juntamente com o uso crescente da inteligência artificial.
